sábado, 1 de fevereiro de 2020

Make A Change... Kill Yourself



Make A Change... Kill Yourself foi formada em 2004 na cidade de København, Dinamarca, um lugar tão gelado quanto o som dessa banda. Contando com Ynleborgaz (uma inversão de seu nome real que é Zagrobelny) nos vocais e todos os instrumentos, e Nattetale na composição das letras, sua temática envolve pessimismo, suicídio, vazio existencial, desespero, escuridão e morte. A sonoridade é uma mescla do Black Metal com música ambiente e que se encaixa perfeitamente ao sentimento de auto-destruição transmitido pela banda. O nome da banda foi escolhido por Ynleborgaz que procurou passar uma intenção da temática que a banda traria, tornando-a singular comparada às outras de Black Metal.
Ainda no ano de 2004, assinaram com a Black Hate Productions e, em 2005, lançaram o primeiro álbum auto-intitulado. As músicas são intituladas como capítulos, que vão do I ao IV. As canções são bastante longas mas têm um movimento que as fazem não se tornarem enjoativas. Os trechos ambientais de teclado e falas de Demonica, que faz os vocais femininos, servem para "aliviar" o ouvinte por um curto tempo para, então, ser contemplado com mais agonia e riffs minimalistas de guitarra. O álbum todo é bastante lento e o teclado gera uma atmosfera mais melancólica e mórbida para ele. Destaque para a faixa Chapter III que tem um coro feminino como base para os vocais devastadores de Ynleborgaz.
Em 2007 é lançado o segundo álbum, "II", este álbum contém apenas duas músicas. O piano lento e distante no início de Life Revisited traz uma melancolia muito palpável criando uma atmosfera depressiva e sombria para o que se seguirá. Lentamente, os acordes do piano desvanecem e os gritos demolidores surgem criando uma névoa de escuridão. Ynleborgaz começa a cuspir suas palavras torturadas e sombrias. A música tem duração de 24 minutos. A segunda faixa, Fooling The Weak, se inicia com partes agressivas e, em seguida, as guitarras criam várias camadas de melodias sobre um ritmo lento que somam 18 minutos. Os riffs repetitivos geram uma natureza mais melancólica e mórbida à canção. Ynleborgaz alterna canto com falas que expressam sua profecia lírica de morte.
Devido ao estilo sombrio da banda, em Outubro de 2010, ela foi votada como uma das mais sombrias e assustadoras pelo site ultimate-guitar.com.
Em 2012 lançaram o terceiro álbum, "Fri". Neste mesmo ano, iniciam-se as apresentações ao vivo com Lord Lokhraed, da banda Nocturnal Depression, nas guitarras, Skogsvandrer, do Caterva Runa, na bateria e Vrede, da banda Myrd, no baixo. Os shows são sempre muito intensos com uma inebriante escuridão sonora. Em Fri, as canções abordam um lado mais misantropo, de repúdio pelas pessoas que, ao fim, abandonam umas às outras. Fala de solidão e exalta a morte como a única alternativa para o fim de toda dor e desolação que amordaça o indivíduo.
Em 2017 é lançando, pela Les Créations Clandestines, em edição limitada, um box com os 3 álbuns.
Em janeiro de 2018 é lançado o álbum "IV", contendo duas faixas de 20 minutos cada. Once Awake começa e se mantém lenta com riffs hipnóticos, sua letra fala da desesperança e de "acordar" para a realidade dos fatos, de tomar conhecimento que esperar por algo no amanhã é, completamente, inútil. Shadows of a Meaningless Reality é mais rápida no início e, sua letra, fala sobre a solidão e do indivíduo usá-la a seu favor, para assim, se manter longe das pessoas e da sociedade em geral, já que os seres humanos só geram decepções uns aos outros. Ambas as músicas seguem as características de outras de álbuns anteriores sendo longas mas, com movimentos se alternando para não se tornarem enjoativas ao ouvinte.
Em novembro de 2019 é lançado o quarto álbum da banda, Oblivion Omitted. Carregando a densidade característica da banda, este álbum percorre temas como misantropia, repúdio pela sociedade, resignação perante o fim inevitável da humanidade provocado pelas próprias escórias humanas, e a desolação que o indivíduo sente ao sobreviver num mundo onde o ego e a indiferença são alicerces das pessoas. As faixas seguem a numeração usada no álbum de estréia da banda, como se fossem uma sequência do álbum auto-intitulado. V, VI, VII e VIII evocam as características que se tornaram inerentes à banda: faixas de longa duração, guitarras minimalistas congelantes, vocais de ódio mesclados à dor e desespero e linhas cadênciadas de bateria marcando a devastação sonora. Embora longas, as músicas mantém o pendulo de, em algum momento, dar uma "pausa" para que o ouvinte possa tomar fôlego e, em seguida, mergulhar, novamente, na profunda escuridão que Make a Change... Kill Yourself evoca com perfeição. 
Desde 1997 Ynleborgaz tem um banda de black metal chamada Angantyr, onde a temática das letras aborda a história escandina. Também toca nas bandas Profezia e Tågefolket. Já Nattetale vive no completo anonimato.
Atualmente, Make a Change... Kill Yourself segue realizando shows solos e em festivais com outras bandas de Depressive Black Metal.

Discografia:
Make a Change... Kill Yourself (2005)
II ( 2007)
Fri (2012)
Tape Box "Boxed set" (2017)
IV (2018)
Oblivion Omitted (2019)

Membros de Estúdio:
Ynleborgaz - Todos os instrumentos e vocais (2004 - presente)
Nattetale - Letras (2004 - presente)
Demonica - Vocais femininos (2004 - 2004)

Membros para apresentações ao vivo:
Ynleborgaz - Vocais e guitarra (2012 - presente)
Vrede - Baixo (2012 - presente)
Skogsvand - Bateria (2012 - presente)
Feanor Omega - Guitarra (2014 - presente)
Lord Lokhraed - Guitarra (2012 - 2014)

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