Black Metal: Evolution of the Cult é um livro escrito por Dayal Patterson e lançado em 2013. Patterson contribuiu com vasto material para as revistas Decibel, Terrorizer e Metal Hammer, tendo também publicado outros 2 livros, Black Metal: The Cult Never Dies Vol. 1 e Black Metal: Into the Abyss. Sendo um grande conhecedor do Metal Extremo, traz uma verdadeira enciclopédia em seus livros, dando foco especial no Black Metal. O livro Black Metal: Evolution of the Cult apresenta mais de uma centena de novas e exclusivas entrevistas com as figuras mais centrais do gênero. É o guia mais completo até agora para esta forma fascinante e controversa de Metal Extremo.
A tradução a seguir se concentra no capítulo 49, onde Patterson
traz a banda sueca Lifelover, que, embora tenha uma gama de influências e mix
de sonoridades, tem sua base também no Black Metal, sendo uma das
representantes do Depressive Black Metal, ou como se intitularam (sarcasticamente)
Narcotic Metal.
Dada à miríade de estilos do Black Metal explorado nos anos
noventa, talvez fosse inevitável que as bandas que se seguiram dessem um passo
adiante e tomassem os elementos centrais como base, ao mesmo tempo em que se
mudavam para gêneros inteiramente novos. Se os anos anteriores tinham visto
artistas indo o mais longe que podiam do som central do Black Metal enquanto se
apegavam firmemente ao ethos satânico/oculto/misantrópico, agora as bandas
repensariam até mesmo isso, pegando elementos da forma do Black Metal, mas
reconstruindo-os em uma direção emocional, ideológica ou espiritual
inteiramente nova. Em certo sentido, é menos uma mudança de forma do que de
contexto. Um exemplo antigo é o Neonism de Solefald em contraste com La
Masquerade Infernale de Arcturus; enquanto ambos se afastavam consideravelmente
da música Black Metal convencional, foi Solefald quem deu um salto mais óbvio
em termos de tema e estética.
Em meados dos anos 2000, esse fenômeno estava surgindo com
crescente regularidade, sendo o Lifelover, da Suécia, um desses atos
fascinantes. Expelidos à existência em 2005, seu relacionamento conflitante com
a cena Black Metal os localizou confortavelmente dentro do rótulo “Post-Black Metal”.
Como Solefald e Shining, eles carregavam um tom urbano pesado, e onde outras
bandas Post-Black como Amesoeurs, Alcest e Fen tendiam a se inclinar para o
romântico, pastoral e edificante, apesar de um senso inerente de melancolia, a
abordagem do Lifelover era tão cínica como seu nome, sua perspectiva
implacavelmente sombria, urbana e fragmentada. Com elementos de Pop, Shoegaze,
Depressive Rock e New wave, seu som era em muitos aspectos gloriosamente
contraditório, mas os elementos de Black Metal que nadavam nessa estranha
mistura são muito menos surpreendentes quando se considera a herança musical
dos fundadores da banda.
Iniciada como um duo, a banda era originalmente composta por
“B” (nascido Jonas Bergqvist, e também conhecido como Natdall, das bandas
ortodoxas de Black Metal Ondskapt, Dimhymn e IXXI) e o ainda mais desajeitado
“( )”, também conhecido como Kim Carlsson, das bandas de Depressive Black Metal
Hypothermia, Kyla e Life is Pain. Falando com B, em 2010, – que infelizmente
faleceu no ano seguinte – rapidamente ficou claro que o início do Lifelover era
tão caótico quanto sua música, nascida do desespero e ações destrutivas.
“A Lifelover foi formada em uma manhã de junho de 2005”,
explicou. “Eu e ( ) estávamos acordados há muito tempo, bebendo e nos cortando,
e toda a casa em que estávamos estava cheia de vômito e sangue. ( ) havia feito
alguns vocais adicionais para minha banda de Black Metal Dimhymn para a
gravação do [segundo álbum] Djävulens Tid Är Kommen. Por alguma razão, no dia
seguinte ao ‘massacre de sangue’ – a primeira vez que nos encontramos –
decidimos sentar e tocar guitarra juntos e apenas improvisar com muito delay.
Achamos que soava legal, demente e urbano, então gravamos a demo Promo 2005 ali
mesmo. Em relação ao nome da banda, uma vez, em 2004, fui chamado de
'Lifelover', em um e-mail por idiota que nem me conhecia, e ele enviou o mesmo
e-mail para muitas pessoas e gravadoras. Então nós dois pensamos que poderia
ser uma coisa divertida chamar a gravação de Lifelover.”
“Quando eu e B nos encontramos pela primeira vez, fomos dar
uma volta na zona rural para gravar algumas músicas”, relembrou ( ) sobre o
começo da banda, em entrevista por telefone que fiz para a Metal Hammer em
2011. “A primeira coisa que aconteceu foi que nos cortamos. Depois demos um
passeio na floresta até ficarmos vazios – você provavelmente pode imaginar, a
combinação de perda de sangue e consumo de álcool faz você entrar em uma
atmosfera um pouco diferente. Começamos a fazer música e começamos a
transformar a casa em que estávamos em algo parecido com um matadouro, as
paredes totalmente cobertas de sangue, cada móvel, cada instrumento, tudo. No
final, havia mais sangue do que qualquer outra coisa e estávamos atordoados,
mas simplesmente sentimos que tínhamos que fazer algo, então começamos a tocar
guitarra juntos e foi quando gravamos as duas primeiras músicas que se tornaram
Lifelover.”
Extenso e improvisado, a promo da banda não seria um reflexo
da direção que a banda estava tomando, e não foi até o ano seguinte que a dupla
começou a escrever novas músicas, ao fazê-lo, forjando o som único pelo qual
são conhecidos agora. Expandindo para seis partes, o grupo agora viu B
manuseando a guitarra, vocais, fala e piano, ( ) responsável pelos vocais
principais, H. (“Henrik”) na guitarra base, Fix (“Felix”) no baixo e 1853
(Johan Gabrielson) e LR (Rickard Öström) também contribuíram com os vocais.
Juntos, o grupo trabalhou para criar seu álbum de estreia, lançado em 2006 como
Pulver, sueco para “pó”. Com material escrito em grande parte de forma
individual, a composição foi dominada por B, com ( ), LR e 1853 também
contribuindo.
“O novo som realmente começou quando eu e ( ) gravamos as
músicas do [Pulver] ‘Nackskott’ e ‘Stockholm’ juntos”, explicou B. “Nós dois
sentimos uma grande satisfação com essas músicas e, quando continuei a
escrever, segui essa direção, mas também encontrei novas direções ao mesmo
tempo, então o processo de escrever Pulver foi muito emocionante, e uma nova
maneira de escrever música para mim. Gravamos as músicas durante um período de
dois meses e, como você pode ouvir, não nos esforçamos muito para torná-lo um
registro perfeito em relação à produção. Foi gravado durante o abuso de álcool
e drogas... ( ) gravou os vocais deitado no chão sangrando. Foram dois meses
estranhos/doentes.”
Estranho e doentio de fato: construído de uma maneira muitas
vezes chocante de recortar e colar vagamente semelhante ao do japonês Sigh, as
músicas de Pulver dependiam de justaposição idiossincrática, com passagens de
energia estranhamente altas e ritmos quase ska ao lado de seções sombrias e
torturantes, a bateria programada complementada por uma série de amostras
muitas vezes desconcertantes. A combinação resultante provou ser tão
impressionante e incomum quanto as fotografias do nu encharcado de sangue adornando a arte da capa, combinando a experiência Black Metal do membro
fundador com uma clara influência de nomes como Joy Division e até The Cure.
“Dinâmica é tudo na música”, considerou ( ). “Para nós é
muito fácil escrever algo lento, frio e sombrio, mas queremos um desafio quando
escrevemos música, e é mais interessante escrever algo diferente. Não tenho
ideia se soa feliz, estranho, louco ou fodido para as pessoas ouvirem –
contanto que o resultado final do álbum seja bom, estou satisfeito. [As]
amostras que escolhemos principalmente de programas de TV suecos e filmes
antigos, são coisas que nós assistíamos enquanto crescíamos. Eu realmente não
me lembro como a ideia surgiu, mas descobrimos que fazia tudo parecer mais
demente e doentio. Nunca revelamos exatamente de onde vem cada amostra,
queremos que as pessoas se perguntem e tentem descobrir por si mesmas, e
revelar esses detalhes destrói parte do sentimento místico que elas criam.
“Em relação a [influências], há muitas bandas que me deram
essa fagulha”, continuou ele, “mas é muito difícil nomear algumas delas, não
sei qual escolher, pois sempre escutei tantos gêneros diferentes. Eu não nos
chamaria de Black Metal, mas é claro que eu e ( ) viemos de uma vivência Black
Metal, então não é estranho que tenhamos elementos de Black Metal em nosso
som.”
Aproveitando ao máximo uma química interna na banda
altamente produtiva, Lifelover rapidamente deu seguimento a Pulver com um
excelente álbum intitulado Erotik, lançado em 2007. Apesar de ainda soar como
se tudo pudesse desmoronar a qualquer momento, Erotik foi, no entanto, um álbum
notavelmente mais arredondado e completo, mantendo o som fragmentado e
pulsante, mas atingindo profundamente com composições mais emotivas e até
angustiantes. Mais uma vez, as músicas foram escritas em grande parte
separadamente, com ( ) não mais envolvido ativamente e o vocalista adicional LR
aparentemente preenchendo esse vazio.
“Com o Erotik, de alguma forma, queríamos refletir a vida e
os ambientes urbanos de Estocolmo”, explica B. “Definitivamente queríamos fazer
algo diferente do Pulver, mas ainda temos um pouco desse elemento. Queríamos
que tivesse uma sensação ‘narcótica’ também, e liberasse toda a loucura dentro
de nós. O som ficou muito mais escuro de várias maneiras.”
Tematicamente, o álbum provou ser quase dolorosamente
honesto, dando uma visão do coração da besta com uma abundância de imagens de
recortes urbanos sombrios e músicas em inglês - muitas vezes com vocais limpos
- pintando um quadro de depressão e abuso de substâncias.
Com títulos das músicas suecas traduzindo para “Um Homem nos Piores Dias de sua Vida”, “A Estrada da Morte”, “Bem-vindo à Cidade do Pó” e
“Depressões de Outono”, para citar alguns, certamente não foi um passeio no
parque nem para o ouvinte nem para a força criativa dentro da banda.
“É bem simples; as letras refletem nossas vidas e nossas vidas consistem principalmente em uma grande quantidade de agonia e angústia”, admite B. “E para reduzir nossa angústia tomamos as drogas necessárias. E é principalmente isso, mas também tocamos em assuntos como amor – ou amor ferido/perdido para ser exato – ódio pela humanidade e pensamentos suicidas. Também escrevemos sobre o entorno urbano e a vida miserável da cidade. Não são letras exatamente positivas, mas elas provavelmente são mais honestas do que a maioria das bandas por aí. Lifelover me reflete totalmente como pessoa; quando você ouve todas as músicas que fizemos e lê todas as letras, você conhece um pouco de mim, em certo sentido, você pode me conhecer dessa maneira. Eu acho que é o mesmo com os outros caras, até certo ponto.”
Nesse sentido, Lifelover refletia um personagem quase
esquizofrênico, com passagens otimistas e aparentemente alegres ao lado de
momentos de miséria desprezível. São essas partes “felizes” que parecem mais
fora de lugar dentro de um contexto de Black Metal, mas ao contrário de, por
exemplo, Alcest, mesmo as passagens mais alegres tendem a pingar com uma
atmosfera hiperativa e maníaca, alimentada por Prozac.
“Você não pode dizer honestamente que a vida é apenas
miséria o tempo todo”, explicou B sobre a escolha de incluir essas emoções
(aparentemente) positivas na música. “Para algumas pessoas, pode ser, mas
refletimos todos os sentimentos em nossas vidas – mesmo que eu me sinta
principalmente uma merda, minha vida também tem seus momentos brilhantes. E
acho que esse é o caso de a maioria das pessoas se sentirem para baixo.
“Eu sei que o outro guitarrista, H., e nosso baixista Fix
estão usando cocaína de vez em quando, eles também estão fumando maconha
diariamente, assim como 1853, LR e o baterista Non. Ele também está preso a
benzodiazepínicos agora. ( ) também está fumando às vezes, mas ele é meio
especialista em cerveja, então eu acho que álcool é o tipo de droga dele, mas
eu sei que ele gosta de pílulas e outras coisas também, todos os membros
gostam. Tudo é um espelho de nossas vidas.”
Foi um ponto que ( ) confirmou comigo durante nossa
entrevista ao Metal Hammer em 2011. “Não consigo me lembrar de nenhuma música
que tenhamos gravado sem estar sob influência”, admite ( ). “Geralmente estou
bêbado, chapado, de ressaca ou todas as opções acima quando gravo meus vocais e
a maioria dos outros tem suas prescrições. B também, ele faz a maior parte da
música sentado em sua "pira" com sua guitarra. Nenhum de nós tem uma
vida fácil, atualmente dois de nós são sem-teto e temos muitas pessoas
próximas a nós em situações ruins, pessoas em hospitais, pessoas se matando,
pessoas tentando se matar. É difícil conseguir trabalho aqui, é difícil
conseguir moradia. Tenho certeza de que há problemas semelhantes em seu país,
mas pessoas de diferentes países lidam com as coisas de maneiras diferentes.”
Os temas gerais de autodestruição foram complementados em um
sentido mais literal pela extrema automutilação de ( ), cujo corpo extensamente
cicatrizado é evidente na arte da capa e nas fotos promocionais. “Acho que não
escrevemos nenhuma letra que refletisse diretamente a automutilação em relação
ao corte”, explicou B. “Mas é claro que a maioria das letras é bastante
autodestrutiva de uma maneira subliminar. E o que é realmente automutilação? O
uso diário de drogas não é bastante autodestrutivo? Mas para o corte, sim, é
apenas ( ) quem incentiva isso. Acho que cada um em Lifelover, em algum momento
de suas vidas, se cortaram, exceto no caso de ( ) que está em uma posição
diferente de nós agora.”
O terceiro álbum da banda, Konkurs (sueco para “falência” ou
“insolvência”), foi lançado em 2008, desta vez pela Avantgarde Records. Agora
escrito e gravado como um quinteto sem as contribuições de LR, o álbum foi para
um som mais fluido, com tristeza substituindo a agitação do antecessor em
grande medida. Isso refletiu o longo tempo gasto escrevendo e gravando o disco,
e o objetivo de fazer um álbum mais sombrio, depressivo e profissional “sem
partes felizes”, cita B. Mais uma vez, títulos de músicas traduzidos apoiam
essa afirmação, alguns exemplos de escolha sendo “Tempo de Câncer”, “Minha Ala Hospitalar” e “O Prego no Caixão”.
2009 foi o primeiro ano sem um álbum para a banda por três
anos, mas foi notável mesmo assim com o mini-álbum Dekadens lançado pela Osmose
Records, que também começou a relançar os dois primeiros álbuns da banda,
refletindo a crescente base de fãs. Um esforço inegavelmente forte, Dekadens
foi dominado pela escrita de B e provou ser o esforço mais orgânico da banda,
apresentando o baterista ao vivo Non (“Andreas”). Tendo apresentado um
baterista anterior chamado "S" em shows ao vivo, o material gravado
da banda agora foi sustentado por percussão ao vivo pela primeira vez, um movimento
que impactou fortemente o tom do grupo.
A adição seria de curta duração, no entanto, e o álbum final
da banda, Sjukdom de quatorze faixas (que significa "doença",
"enfermidade" ou "moléstia"), lançado em 2011, viu um
retorno à percussão programada. Um lançamento um tanto divisivo, que polarizou
os críticos graças à sua natureza muitas vezes implacável e impenetrável,
principalmente no início do disco. Agora com um grupo reduzido a ( ), B, LR e
1853, também teve participações especiais dos black metaleiros Gok e P.G. da
Ancient Death. Mais uma vez B escreveu a maior parte das músicas, embora as
letras tenham sido contribuídas por todos os membros envolvidos. A parafernália
que acompanhou a versão de edição limitada do álbum (incluindo uma seringa e uma navalha) provou que a banda não se desviou muito tematicamente, mais uma
vez transmitindo uma imagem sombria e urbana de depressão, alienação e
dependência de drogas.
O álbum seria o último da banda, pois em 9 de setembro de
2011, Jonas “B” Bergqvist infelizmente faleceu. Os membros restantes da banda
logo confirmaram os rumores de sua morte com uma declaração que explicava: “Na
manhã de sexta-feira, 9 de setembro, B não acordou de seu sono. Ele não tirou a
própria vida nem foi vítima de qualquer ação aparente. As autoridades
responsáveis ainda estão examinando seu corpo para encontrar a causa exata da
morte... Nós, os membros restantes do Lifelover, decidimos colocar a banda para
dormir permanentemente. Esta seria a única coisa certa a fazer, considerando que
B era o principal compositor de Lifelover.”
Dada a tapeçaria sombria na qual a banda se baseou, bem como
o estilo de vida autodestrutivo de seus membros, uma morte dentro do grupo
talvez não fosse totalmente surpreendente. Mas, ao que parece, a morte de B não
foi auto infligida ou resultado de qualquer substância ilegal. Na verdade,
tragicamente, parece ter se originado da medicação prescrita para o próprio
Transtorno de Ansiedade que ele havia discutido em nossa entrevista. Uma
declaração da família explicava que a autópsia havia mostrado um envenenamento
e overdose desconhecidos e que B tomava benzodiazepínicos desde os dezoito
anos, aumentando a medicação à medida que seu corpo se acostumava a cada dose.
A vida de B foi claramente conturbada, mas talvez valha a
pena lembrar que uma surpreendente positividade surgiu tanto na música de
Lifelover quanto nas próprias palavras e comunicações de B (ele foi um dos mais
entusiasmados dos envolvidos com este livro, por exemplo), com as muitas
conquistas (cinco lançamentos essenciais em tantos anos, mais do que a maioria
das bandas alcança em décadas de existência) proporcionando uma satisfação
óbvia.
“Nossa base de fãs é muito diversificada”, ponderou. “Nós
vemos tantos fãs de Black Metal quanto fãs 'normais' de Rock/Pop... bem, você
escolhe, nós vemos todos eles e isso é um grande prazer para nós. Eu vejo isso
como um sinal de que nossa música é tão complexa que atrai tantas pessoas
diferentes. Mas sim, nós temos muitos fãs de Black Metal, e isso às vezes
parece estranho, mas ei, para ser honesto, eu não me importo com quem nos ouve
– contanto que nossa música deprave o máximo possível, estamos satisfeitos. ”
Sempre mais do que feliz em polarizar, Lifelover conquistou
uma base de fãs impressionante, incluindo fãs e críticos da cena Black Metal.
Seu legado é um corpo de trabalho que exibe uma ampla gama emocional rara no
metal extremo. “Existem muitos [críticos] por aí”, concluiu B, “mas na maioria
das vezes eu apenas rio contra seus ataques ignorantes na internet. Mas também
queremos ofender as pessoas, não apenas “encantá-las”. Nós nos tornamos aquela
banda que as pessoas amam ou odeiam, e eu pessoalmente acho isso ótimo. Se
olharmos um pouco para trás na história da música, são essas bandas que se
tornaram grandes e famosas. Mas nosso objetivo é se tornar infames*!”
Missão cumprida, sem dúvida. Descanse em paz B, e descanse
em paz Lifelover.
NT: *Infamous - se traduz como infames, no entanto, B fez um
trocadilho sugerindo tanto se tornarem "não-famosos" quanto
"desprezíveis".
Playlist no Spotify com todas as músicas da banda: Lifelover [Todas as Músicas]
Entrevista em vídeo com a banda - com legendas em PT-BR: Entrevista com Lifelover